Não se fala em outra coisa na mídia da recente tentativa de ofensa de Yigal Palmor ao Brasil, chamando-o de anão diplomático. Não sei se a ofensa está no “anão” ou no “diplomático”. Sendo eu anão, creio que realmente seja muito ultrajante chamar alguém de diplomático. Que carinhosamente chamo de pessoas vaselinas que não resolvem nada.
Chamar o Brasil de anão, no intuito de menosprezá-lo, não faz o menor sentido. Primeiramente porque somos conhecidos como “gigante pela própria natureza”. Depois, os anões não são menos habilidosos que uma pessoa alta. Assim como nunca vimos terroristas ou chefes de Estado criminosos anões. Nesta perspectiva seu tiro saiu pela culatra e provavelmente matou mais algumas centenas de inocentes palestinos em Gaza.
Sei da complexidade histórica e política desse confronto. Mas eu me envergonharia sim e me sentiria ofendido de saber que fomento uma guerra em nome de uma promessa de uma terra santa feita por um Deus da Paz (e não da matança, muito menos de inocentes). Onde a terra mais santa se chama ser humano.
E por falar em ofensa, não entendi até agora a razão porque ficaram ofendidos quando ouviram a verdade do Brasil. Se bem que sempre ouvi dizer que a verdade dói, e agora percebi que ela pode ofender também.
Mas não precisa cultivar ódio contra esse texto. Somos parentes na fé, sou católico. E também não precisa cultivar o ódio contra os anões. Eles são gente boa. Talvez não diplomáticos, o que considero uma virtude no contexto atual. Rezo pela paz verdadeira nessa região. Shalom Adonai!