Numa viagem a trabalho, como o evento acabava na sexta, eu e um colega de trabalho, aproveitamos que já estávamos em Recife, resolvemos esticar até a madrugada de sábado para domingo para voltar para o Rio de Janeiro. Desta forma, aproveitaríamos para conhecer as maravilhas que a cidade tinha a nos oferecer. Enfim, reservamos o sábado para passear e conhecer Porto de Galinhas.
E ir a Porto de Galinhas e não fazer o passeio de jangada até as piscinas naturais formadas pelos corais, é a mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa. Pagamos e fomos fazer o famoso passeio.
Vista linda, praia maravilhosa, um verdadeiro paraíso na terra. Cenário digno das melhoras produções cinematográficas. A jangada para ao lado de uma dessas piscinas naturais formadas pela combinação de corais e maré baixa. Cada piscina tinha um cardume colorido, que ficava preso devido a baixa da maré, viabilizando que os visitantes nadassem junto com os peixes.
Comecei a nadar hipnotizado com a beleza do cenário e do cardume que nadava perto. Um clima de paz e tranquilidade, até que, de repente, aqueles peixes pacíficos pareciam estar incorporados, e começaram a pular em cima de mim. Era peixe, na cara, na boca, no olho, enfim, era peixe em tudo quanto é lugar do meu corpo.
Quando consegui me estabilizar daquele ataque, olhei para cima, vejo o meu colega de trabalho jogando mais ração de peixe em cima de mim, com um sorriso e uma satisfação no olhor quase diabólicos. Foi então que descobri a razão da mudança tão abrupta de humor daqueles lindos e dóceis peixes das piscinas naturais de Porto de Galinhas.